Querido diário, eu tirei um sonho do papel.
- Marcela Giacon
- 10 de nov. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de mar.

Esse é o primeiro post aqui, e vou usar esse momento emblemático e marcante para te contar como essa ideia aconteceu, como essa história de um surto nasceu.
Não dá para começar sem me apresentar, eu sou a Marcela, tenho 32 anos (hoje em 2024) arquiteta, urbanista, design de interiores, psicoarquiteta, padeira, aspirante a escritora e entusiasta da leitura.
Desde muito nova eu sempre fui apaixonada por cadernos, canetas, post-its, marcadores e todo o universo da papelaria, para mim os melhores presentes que ganhei sempre foram estojos e canetas, o meu paraíso era a lojinha do coração (papelaria da cidade que cresci), a melhor época do ano era o começo das aulas, e minha brincadeira preferida era escritório e/ou escolinha, essa eram as coisas preferidas da criança Marcela.
Eu sempre tive essa vontade bucólica de viver no campo acordar cedo, tomar uma xicara de café enquanto leio um livro, e nesse sonho esse livro era sempre cheio de rabisco, anotações, frases grifadas e post-its, isso sempre foi uma cena que se passava/passa na minha cabeça (ainda não moro no campo).
Mas isso sempre foi besteira, bobeira, brincadeira, para mim e para todo mundo, lembro de ter vergonha desse meu gosto exagerado por papelaria, de ouvir gozações por isso, e para me adaptar no mundo eu deixei isso de lado, brincava do que todo mundo brincava, fazia o que todo mundo fazia. (que não era ler/estudar) mas ainda mantinha meus gostos na época de começo do ano, onde escolhia meus materiais com muito apreço e realização.
Na adolescência tive vários fakes que escreviam web novela (sim, eu tive isso escondido, já é muito admitir isso aqui hoje, imagina na época), depois quando já estava na faculdade tentei alguns blogs de dicas de decoração, um instagram de inspiração, coisas que eu sempre fazia sem associar a minha imagem, sem colocar a minha identidade, meio as escondidas por medo do julgamos e vergonha dos outros.
Tentei dar vazão a esse meu desejo de colocar para fora, de compartilhar conhecimento e experiencias com o mundo. Me apaixonei por história da arquitetura e urbanismo e achei que poderia ser um meio pelo qual eu conseguiria compartilhar conhecimento com o mundo, mas a carreira acadêmica no final da faculdade sem nenhuma mentoria, sem nenhuma iniciação cientifica é bem complicado, e eu deixei de lado.
Por anos eu tenho trabalhado minha saúde mental, me descobrindo cada dia mais, me conhecendo cada vez mais e esse processo todo de tentar me melhorar roda, e sempre rodou, ao redor do que me faz feliz, do que me impede de fazer o que eu gosto, das crenças que eu tenho enraizadas em mim, do meu jeito de usar meus traumas do passado para me definir no presente e perpetuar meu futuro de insatisfação comigo e com a minha vida.
São anos de terapia, muitos livros de autoajuda, períodos de depressão intensos onde sair da cama era um sacrifício, síndrome do pânico, ansiedade descontrolada, compulsão alimentar, problemas gastrointestinais, muitas reuniões de estudos no centro espírita, um burnout e algumas outras ferramentas de autoconhecimento (mesas radiônicas, barra acess) e por último e a virada de chave: o plano de alma.
O plano de alma é uma ferramenta que eu fiz com a minha terapeuta Jan Sanzon, um trabalho a distância que ela faz baseado no meu nome, data e cidade de nascimento e o resultado é uma leitura da sua alma bizarramente certeira.
Quando a Jan me mandou o PDF eu corri ler, e a cada palavra lida era um reconhecimento, um reencontro comigo mesma, um estado de conexão com a minha parte escondida até então (parte essa que eu escondi por vergonha quando era pequena, como falei mais acima).
O Plano de Alma é muito completo, ele te dá situações que acontecem quando você está em equilíbrio e desequilíbrio com a energia da sua alma, quando você está ou não conectado com a sua essência, dá que tipos de desafios você vai enfrentar, que tipo de realizações, quais caminhos seguir, muito completo.
E essa leitura deu nome a muitas coisas dentro de mim, foi como se eu achasse a peça do quebra cabeça que eu vinha a anos tentando montar e sempre faltava algumas peças, e “num passe de mágica” tudo encaixou.
O meu plano de alma (vou falar bem breve sobre o meu) fala sobre a minha realização estar ligada a compartilhar ensinamentos, sobre ser líder, sobre ser comunicadora, sobre ser um meio de ajudar no despertar e isso é tudo que eu sempre quis, mas nunca consegui ver um meio de ser isso, entende?
Diante dessa leitura transformadora, se formou na minha cabeça um caminho muito nítido, claro como água, do que eu deveria fazer para sentir a realização da minha alma, para me conectar comigo mesma e servir ao mundo, eu chamo esse momento de “surto”.

Um surto que se passou dentro de mim, uma epifania... que não devo deixar só dentro de mim pois a minha felicidade e realização depende disso. Então aqui vai uma decisão: Eu não vou mais esconder o meu amor por estudos e leitura, por conhecimento, e eu sei que as gozações vão vir (elas já estão ai) mas elas não vão me fazer mudar dessa vez.
Então se você chegou até nesse ponto da leitura, meu caro amigo, saiba que o “um surto de autoconhecimento” é um grito de liberdade da Marcela de 7 anos, da de 15 e para a Marcela de ontem.
Um surto de autoconhecimento é a realização de um sonho, vai ser por onde eu vou fazer o que amo: COMPARTILHAR CONHECIMENTO.
Sejam bem-vindos (as) ao surto, bora surtar juntos?
Parabéns, Má! Boa sorte no novo percurso!