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Querido diário, eu realizei mais um sonho!

  • Foto do escritor: Marcela Giacon
    Marcela Giacon
  • 14 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de mar.

Um sonho de adolescente, uma cena de filme que sempre passou na minha cabeça e eu sempre quis vive-la, e eu vivi.


Totalmente clichê de filme norte americano: eu estava na praia, em uma miniférias em família e todos resolveram tirar um cochilo pós almoço, eu achei que não precisava (tinha dormido demais a noite, como sempre!), resolvi ficar acordada aproveitar pra ler naquele dia nublado e frio (tem coisa melhor?!), e deitada na rede lendo, me dei conta de que podia realizar um sonho de adolescente.


Peguei a bolsa-esteira listrada em tons de verde da Cris, o meu cardigã preto de tricô amplo e o livro da Susu que me acompanhou nessa viagem (a cabeça do santo – Simone Acioli), atravessei o gramado, abri o portão e reconheci a cena dos meus sonhos: uma praia deserta e um dia nublado!


Eu estendi a esteira, tirei o chinelo, me sentei de perna de índio e li como se não houvesse nada e nem ninguém no mundo.


Daquele cenário dos meus sonhos ao som de ondas fortes quebrando, eu me transportei para o cenário da narrativa do livro: no Nordeste num vilarejo minúsculo e abandonado, dentro de uma cabeça de Santo Antônio imensa que Samuel escolheu para se abrigar num dia de chuva. Toda a riqueza de detalhes do livro se fundia com a leve brisa fria do entardecer e o som do mar da realidade, foi um momento de êxtase.


Quando me dei conta do que estava vivendo eu parei para admirar o momento presente, para ficar ali sentada admirando o céu nublado e o mar bravo. Neste exato momento a minha criança interior estava tendo surtos de emoção, pulando feito louca e se sentindo acolhida por estar vivenciando, comigo adulta, aquele momento que sempre sonhamos, o de estar presente num dia nublado numa praia vazia ao som de ondas.


Nesse momento nenhum pensamento intrusivo me atravessou, nenhuma lembrança dos meus problemas de jovem adulta idosa tomou conta da minha mente, eu vivi o presente! Eu me conectei com a minha criança e com a minha essência, eu tive um surto de felicidade estonteante, eu sorri para o mar, meu coração explodiu felicidade, e tudo isso porque eu me permiti.


Sim, eu me permiti! Em uma outra época da minha vida eu teria me julgado por ter o sonho de viver esse momento, eu teria me julgado por estar sozinha na praia com receio do que os outros iam pensar quando passassem e vissem uma garota-mulher (sim eu acho que tenho 15 anos e me chamo de garota) sentada na praia lendo um livro: “que boba ela”.

Mas essa mulher-garota que tenho me transformado não ligou para nada disso, ela viveu o presente, se permitiu realizar um sonho e vivenciar algo pela primeira vez: algo que ela realmente ama fazer, uma cena poética e até um pouco bucólica, que a garota-mulher não se permitiria nunca, e isso despertou uma avalanche de sentimentos e sensações boas dentro de mim.


Recentemente li no livro “Como curar a sua vida” da autora Nicole Lepera sobre como momentos assim, onde sua criança interior fica realizada e contente, ajudam no processo de cura interior e minha vida tem sido isso: me curar, me permitir viver novos momentos, novas emoções positivas... viver o presente, e abandonar traumas do passado.


E com essa minha experiencia simples, ler na praia num dia nublado, eu quero te aconselhar, se é que você me permite isso, a viver o momento, a realizar os sonhos da sua criança, a se conectar com você mesmo fazendo aquilo que você ama fazer quando está sozinha, mas fazer para o mundo, não tentar esconder isso. Eu sempre fiz isso: me esconder, e acredite em mim, fazer sem se preocupar com o outro é muito melhor.


Pode começar com pintar o cabelo de uma cor diferente, uma aula de cerâmica ou bordado, uma aula de um esporte que exige a coordenação motora que você não tem, permita-se surtar e não se importar com o outro.



Bora surtar juntos?

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